Millena Lízia é uma existência nesse mundo em busca de uma caminhada com dignidades e saúdes. Planta e deseja colher. Busca as simplicidades, pois as coisas mais banais lhe chegam com camadas de desafios e complexidades. Tem visto em suas mãos seu coração.
Se reconhece como pesquisadora e artista contemporânea-ancestral-pra-depois-do-ano-2000, pelo menos é assim que vem se organizando desde as agitações diaspóricas das experiências pictóricas-epidérmicas vividas – apenas mais uma forma possível de apresentação, que deseja apontar que seu campo de atuação se faz na vida, nas relações, nos deslocamentos, nos enfrentamentos e nas fugas a partir da produção de imaginários.
Colabora há mais de dez anos com diversos encontros, produções, exposições coletivas, rodas, proposições educativas e publicações. Institucionalmente, estudou comunicação visual, montagem cinematográfica e arte contemporânea. É autora de “FAÇO FAXINA: bases contraontológicas para um começo de conversa sobre uma experiência epidérmica imunda” (2018), dissertação de mestrado em Estudos Contemporâneos das Artes pela Universidade Federal Fluminense (RJ).
Compõe, sendo uma das articuladoras, o CIPEI - Círculo Permanente de Estudios Independientes (México-Brasil), plataforma de investigação de contra-pedagogias e contra-visualidades. Foi estudante da Escola de Artes Visuais do Parque Lage e hoje propõe na EAV os cursos “Experiências Epidérmicas: movimentos para organizações de cadernos de artistas-pesquisadoras/es” e “Composteiras: saberes regenerativos com Beatriz Nascimento”, este último ao lado da pesquisadora e artista Walla Capelobo.